Entenda fenômeno climático que fez cidade registrar 4 temporais em 12 dias
Temporal em Campo Grande: mãe e filha são resgatas em MS Campo Grande registrou quatro temporais em 12 dias neste mês de novembro. O volume de chuva acumulad...
Temporal em Campo Grande: mãe e filha são resgatas em MS Campo Grande registrou quatro temporais em 12 dias neste mês de novembro. O volume de chuva acumulado entre 17h de quarta-feira (12) e 17h de quinta-feira (13) chegou a 111,4 milímetros, o que corresponde a 72% da média histórica de novembro, que é de 154 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Esse comportamento é típico do ciclo climático de Mato Grosso do Sul, onde o regime de chuvas começa no último trimestre do ano e se estende até o início do ano seguinte. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, o estado apresenta um padrão característico, alternando um período quente e úmido com outro seco. “O estado tem um padrão climatológico específico, com um período chuvoso quente e úmido e outro muito seco, alternando períodos quentes e ondas de frios curtos”, explica. O período mais seco ocorre entre junho e o início de setembro, com julho e agosto registrando os menores índices de umidade. Já dezembro e janeiro concentram as chuvas mais intensas. “Este ciclo permanece e só ocorrem mudanças nos volumes de chuvas, que podem faltar ou ficar abaixo das médias”, afirma o meteorologista. LEIA TAMBÉM: Família presa em enxurrada é resgatada em trator em Campo Grande VÍDEO: entregador de app é levado por enxurrada durante temporal em MS Umidade da Amazônia e baixa pressão no Paraguai Abrahão aponta que, no fim da primavera, as chuvas se intensificam devido ao fortalecimento do centro de baixa pressão no Paraguai e ao aumento da umidade proveniente da Amazônia. “Quando isso ocorre, as chuvas seguem por dois a quatro dias, gerando enchentes ou inundações em um ou vários locais”, explica. Essa configuração climática é típica do Centro-Oeste, com variações influenciadas pela Cordilheira dos Andes e pelo centro de baixa pressão no Paraguai — fenômeno que, segundo o meteorologista, não afeta diretamente os estados de Mato Grosso e Goiás. Temporais causaram estragos em Campo Grande. Reprodução Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: